4. A ”oposição silenciosa” ao Papa Bergoglio
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Ele é papa há apenas poucos dias, e parece que a história fez uma reviravolta. Francisco é o pontífice de que a Igreja precisava? Além disso, é o pontífice de que a sociedade globalizada do século XXI precisa? Em um mundo cada vez menor, onde qualquer notícia chega imediatamente aos lugares mais remotos do globo, os primeiros gestos e decisões de Bergoglio geraram uma onda de otimismo e apoio sem precedentes nos últimos pontífices. E, paralelamente, embora em silêncio ou sob o amparo do anonimato, começam a surgir as críticas à “humildade” do novo papa, que é acusado de querer “enterrar” a igreja desejada pelos dois pontífices anteriores.
O chamado de Francisco a uma maior austeridade, seu sonho de que esta seja uma “Igreja pobre e para os pobres”, a ausência de enfeites em sua vestimenta e gestos como o de pedir a bênção do povo ou de ficar à porta da paróquia de Santa Ana para se despedir dos seus fiéis são gestos certamente revolucionários. E também indicativos de que certas coisas estão mudando. Para o desgosto de alguns. De quem?
Em primeiro lugar, da Cúria. Bergoglio não é o papa que eles elegeriam. Scola ou Scherer eram os homens destinados a uma “reforma tranquila”, que não tocaria no essencial e manteria o mistério em torno da figura papal e do papel dos órgãos vaticanos. Dar por encerrado o Vatileaks e aceitar pequenas mudanças, mas sem tocar no essencial: o poder nas mãos de alguns poucos
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