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4. Acidente de trem na Espanha foi imprudência

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Reuters Brasil

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Agentes do resgate retiram vítimas de um trem que descarrilou perto de Santiago de Compostela, no noroeste da Espanha, nesta quarta-feira. 24/07/2013 REUTERS/Oscar Corral

A polícia espanhola estava investigando nesta sexta-feira se o maquinista de um trem que descarrilou em Santiago de Compostela, matando 78 pessoas, conduzia a uma velocidade imprudente quando fez uma curva fechada.

O pior acidente de trem em décadas na Espanha, na noite de quarta-feira, imediatamente levantou questões sobre por que um maquinista experiente estava dirigindo tão rápido em direção a uma curva acentuada. Além dos mortos, 95 pessoas estão hospitalizadas.

O maquinista, Francisco Garzon, de 52 anos, está preso em um hospital na cidade no noroeste da Espanha e deve dar seu depoimento à polícia ainda nesta sexta-feira.

Garzon estava sendo investigado por comportamento criminoso ao causar o acidente e por “negligência”, disse o chefe da polícia regional, Jaime Iglesias.

Uma porta-voz da Suprema Corte na região da Galícia disse que Garzon ainda não tinha sido formalmente acusado e que provas, incluindo a “caixa preta” do trem, estavam sendo reunidas.

“Estamos reunindo elementos para serem usados como prova, vídeos, áudios e todo o trabalho técnico que está sendo feito no trem”, disse.

Renfe, a empresa de trem estatal espanhola, disse que Garzon era veterano na empresa, onde trabalhava havia 30 anos, e que dirigia trens há uma década. Ele era altamente qualificado e vinha dirigindo a linha onde o acidente ocorreu há um ano.

Na manhã da tragédia, ele tinha dirigido um trem na mesma linha, que liga La Coruña a Madri, e um porta-voz da Renfe disse que ele conhecia cada curva e deformação da rota.

Foi amplamente divulgado que ele fez uma curva acentuada a duas vezes o limite de velocidade de 80 km/h.

O maquinista não estava disponível para dar declarações e a Reuters não conseguiu localizar sua família ou determinar se ele tinha um advogado.

Outro maquinista daquela linha disse à rádio Cadena que a culpa não deveria recair sobre seu colega.

“Não há alerta de segurança para a velocidade, é puro fator humano, você precisa diminuir manualmente e não se tem ajuda na cabine”, disse Manuel Mato.

“Quando você sai da seção de alta velocidade você começa a diminuir… você tem 4 km até a curva”, acrescentou.

Enquanto polícia e um juiz investigam uma suposta negligência por parte do motorista, o Ministério das Obras Públicas lançou uma investigação mais técnica. Renfe e Adif, a operadora estatal da via, iniciaram suas próprias investigações.

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