4. ‘Foi revolta’, diz professora que virou símbolo da redução de salário no Ceará
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Na tarde da última quinta-feira, a orientadora Izabel da Luz foi até a Câmara de Vereadores para pressionar os parlamentares a não aprovar o projeto da prefeitura que previa mudanças no Plano de Cargos, Carreira e Remuneração.
Mas não segurou o choro antes mesmo da votação, e sua foto desconsolada percorreu o Brasil.
Ela afirma que o choro simboliza a ‘revolta’ dos professores.
“Na verdade, aquele choro veio depois de um grito e foi antes da votação. Foi uma forma de desabafar o que estava sentindo e vendo naquele momento. Estávamos passando uma pressão muto grande. A polícia já tinha soltado spray de pimenta, e eu tinha de desabafar de algum jeito. Nunca tinha participado de algo daquele tipo, só via na televisão. Não havia necessidade de haver policiais armados com pistolas, fuzis”, disse ela.
A professora lembra que a conquista do PCCR veio após longa luta da categoria no ano passado.
“Quando a gente pensa que está tranquilo, depois de tanta luta, vê que não está. A gente não sabe nem como chamar isso. É um absurdo.”
Ela ainda disse que tem esperança de que a aprovação da Câmara seja revertida. “Tenho esperança que eles caiam em si, que isso não é bom para população. Há outros meios para resolver a situação. A gente espera que a lei não seja sancionada, que Deus toque o coração deles”.
Em nota oficial, a prefeitura de Juazeiro informou que a reformulação do PCCR teve de ser feita para que as contas municipais pudessem fechar sem débitos.
O prefeito Raimundo Macedo (PMDB) disse, em nota, que sua preocupação é pagar os salários dos servidores em dia e afirma que a gestão anterior deixou um débito de R$ 5 milhões para serem arcados pela sua administração.
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