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4. Jornal argentino pergunta se alguém entende o que acontece no Brasil

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1003107_ong-do-rio-vai-a-brasilia-e-faz-protesto-com-594-bolas-em-frente-ao-congressoCom Lula e Dilma, o equivalente a uma Argentina inteira saiu da pobreza. Por que o Brasil assistiu, nos últimos dias, protestos de um tamanho inédito?

O alvo é a injustiça ou a corrupção? Qual é a razão pela qual a Copa do Mundo irrita o país do futebol?

O protesto é contra a corrupção, contra a injustiça ou contra os dois fenômenos ao mesmo tempo?

Essas são perguntas formuladas pelo jornal argentino Página/12.

O jornal chama a atenção para o papel da Globo na amplificação dos protestos, e afirma que isso não teria ocorrido se o projeto de regulamentação da mídia tivesse saído do papel, como ocorreu na Argentina.

O PT, como partido, continua pedindo formalmente um regime regulatório dos meios audiovisuais, nota o Página 12.

“Mas o governo, que não é apenas do PT, mas uma coalizão com aliados, declinou em efetivá-lo.”

Dois motivos foram apresentados.

“O primeiro é a impossibilidade: a regulação não seria apenas nacional, mas atingiria interesses dos aliados em cada Estado”, afirma o jornal.

“O segundo é a conveniência: a guerra pela regulação teria um resultado particularmente incerto, quando o PT e seus aliados vinham vencendo, desde as eleições de 2002, com os grandes meios audiovisuais e gráficos na oposição, de maneira sistemática e tenaz.”

Continua o jornal: “A política de regulação dos meios de comunicação não é, nem de longe, a única limitação que impõe a política de alianças com as estruturas estaduais existentes.”

“E tampouco, neste caso, a opção poderia se apresentar em branco ou preto. Sem essas alianças o PT, que é apenas o segundo bloco entre os 513 deputados, talvez conseguisse vencer as eleições, mas não governar.”

“E as alianças não apenas trazem votos e governabilidade, mas obstáculos e, muitas vezes, nichos de corrupção.”
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