5. Chipre foi para o buraco por dar vantagens demais para capital estrangeiro
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Para se tornar atraente para o capital estrangeiro, o Chipre criou um dos regimes fiscais mais favoráveis da Europa – e isso é visto como o principal motivo pelo qual o país enfrenta uma crise dramática. O imposto de renda de uma empresa no Chipre é de 10% – muito inferior à média europeia, entre 25% e 35%.
“O Chipre se tornou um oásis para os investidores estrangeiros, principalmente os oligarcas russos. A ilha é hoje o principal destino do capital russo no exterior”, diz Anne Laure Delatte, especialista em mercados financeiros do Observatório Francês de Conjuntura Econômica.
Os bancos cipriotas também oferecem taxas de remuneração muito maiores do que as praticadas nos outros países da zona do euro e são conhecidos pelo pouco rigor no controle da origem do capital.
O peso do dinheiro russo na ilha é tão forte que o Chipre decidiu naturalizar alguns oligarcas para que eles pudessem se beneficiar da regalia fiscal.
O governo autoriza a nacionalização de pessoas com mais de 35 anos que tenham investido ao menos 17 milhões de euros (R$ 44 milhões) nos bancos do país ou que dirijam empresas com faturamento anual superior a 85 milhões de euros (R$ 222 milhões). Entre 2007 e 2010, cerca de 30 oligarcas russos adotaram a nacionalidade cipriota.
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