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5. Obama pede calma após absolvição de vigilante acusado de matar adolescente negro

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BBC

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gty_george_zimmerman_jef_120412_wgO presidente americano, Barack Obama, pediu neste domingo que os americanos fizessem uma “reflexão calma” depois que o vigilante George Zimmerman, acusado de matar um adolescente negro em 2012, foi absolvido pela Justiça.

O veredicto desencadeou uma série de protestos em várias cidades dos Estados Unidos como San Francisco, Filadélfia, Chicago, Washington e Atlanta.

Em Oakland, na Califórnia, alguns manifestantes iniciaram pequenos incêndios e quebraram janelas.

Zimmerman foi acusado de matar o adolescente Trayvon Martin, que estava desarmado, em fevereiro de 2012. Mas, no sábado, ele foi absolvido da acusação de homicídio culposo em um tribunal de Sanford, no Estado da Flórida.

Antes mesmo do pronunciamento do veredicto, manifestantes já estavam reunidos em frente à corte onde Zimmerman estava sendo julgado.

De acordo com o correspondente da BBC na Flórida David Willis, há mais protestos planejados para o Estado e a polícia já fez planos para conter os tumultos.

Em meio aos protestos, o presidente americano divulgou uma declaração em que afirmou que a morte de Trayvon foi uma tragédia e também pediu a retomada do debate sobre a violência gerada pelo uso de armas no país.

Segundo a declaração de Obama, a morte de Trayvon Martin “foi um tragédia. Não apenas para a família dele, ou para qualquer pessoa da comunidade, mas para os Estados Unidos.”

“Sei que este caso suscitou paixões. E, logo após o veredicto, sei que estas paixões podem estar ainda mais fortes. Mas somos uma nação de leis e o júri se pronunciou.”

Zimmerman, que se identifica como hispânico, matou Trayvon Martin no ano passado em um caso que repercutiu em todo o país.

Martin, de 17 anos, morreu quando seguia para a casa do pai em Sanford. Ele usava um agasalho com capuz e não portava armas.

Promotores afirmavam que Zimmerman matou o adolescente motivado por racismo, mas a defesa afirmou que o vigilante voluntário atirou em legítima defesa, já que tinha sido atacado por Martin.

Grupos de defesa dos direitos civis nos Estados Unidos também pediram calma à população neste domingo, mas protestaram contra a absolvição de Zimmerman.

O ativista Jesse Jackson declarou à rede de televisão CNN que estava “chocado com a decisão. O Departamento de Justiça precisa intervir para levar isto (o veredicto) a outro nível”.

Al Sharpton, outro ativista americano, afirmou que o veredicto foi um “tapa na cara do povo americano”.

Ele comparou o caso com o caso de Rodney King, que foi vítima de um episódio de violência policial que deu início a uma onda de violência e tumultos em Los Angeles há mais de 20 anos.
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