5. Iranianos elegem o moderado Hassan Rouhani novo presidente
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Hasan Rouhani, o presidente eleito do Irã, era o mais moderado entre os candidatos.
Aos 64 anos, ele ocupou vários postos-chave no Parlamento do país e já foi representante do aiatolá Khamenei no Conselho Supremo de Segurança Nacional.
Fluente em inglês, alemão, francês, russo e árabe, também atuou como negociador de temas ligados ao programa nuclear do país e hoje dirige um centro de pesquisas oficial.
Descrito como “moderado” ou “conservador pragmático”, já criticou abertamente o presidente Mahmoud Ahmadinejad e tem o apoio do ex-presidente e líder reformista moderado Mohammad Khatami.
Durante manifestações estudantis em 1999, defendeu que os detidos por destruir patrimônio do Estado fossem condenados à morte se provada sua culpa.
Mais recentemente, porém, apoiou as manifestações que eclodiram após a eleição de 2009 e criticou o governo por se opor ao “direito das pessoas de protestar pacificamente.”
Rouhani teve mais da metade dos votos válidos (50,7%), dispensando assim a realização de um segundo turno. O resultado foi considerado surpreendente por iranianos e também observadores estrangeiros.
Mais de 50 milhões de iranianos estavam aptos a votar nas eleições realizadas nesta sexta-feira. Segundo o ministro do Interior iraniano, Mostafa Mohammad Najjar, a participação eleitoral ficou por volta dos 72%.
Durante a campanha eleitoral, ele defendeu uma aproximação com o Ocidente, com vista ao fim das sanções que levaram o país, desde o ano passado, a uma dramática crise econômica acompanhada de inflação alta, perda cambial e um abalo no comércio.
Hassan Rouhani anunciou que, como presidente, irá se engajar por um fim do isolamento internacional do seu país.
O motivo é o conflito de anos em torno do controverso programa nuclear iraniano. O Ocidente desconfia que, por trás do pretexto da pesquisa com fins civis, o Irã estaria trabalhando no desenvolvimento de armas nucleares.
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