5. Videla nunca mostrou arrependimento por crimes da ditadura argentina
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A morte nesta sexta-feira do ex-líder militar argentino Jorge Rafael Videla, presidente de facto entre 1976 e 1981, trouxe à tona diversas passagens que mostram como ele nunca se arrependeu dos crimes que cometeu durante a ditadura.
Em sua frase mais célebre, ele evitou dar explicações sobre os mortos durante o período: “Os desaparecidos são isso, desaparecidos; não estão nem vivos nem mortos, estão desaparecidos”, disse em 1985, durante uma entrevista a uma TV argentina.
Mais recentemente, em 2011, disse ter encabeçado “não uma guerra suja, mas uma guerra justa, que ainda não havia terminado”.
Ele afirmou ainda que “os inimigos derrotados ontem compriram seu propósito e hoje estão governando o país”, em referência direta ao governo da presidente Cristina Kirchner.
Videla, que se descrevia como um preso político, morreu por causas naturais na prisão de Marcos Paz (a 50 quilômetros da capital), onde cumpria várias sentenças de prisão perpétua.
Primeiro a liderar a junta que governou a Argentina durante a ditadura militar (1976-1983), ele foi acusado de crimes como tortura, desaparecimento, mortes e o seqüestro de mulheres grávidas, opositoras ao regime, cujos bebês seriam entregues a outras famílias, favoráveis à sua gestão.
Um das principais organizações que criticavam duramente Videla é a ONG Avós da Praça de Maio. “Um ser desprezível deixou esse mundo”, disse nesta sexta-feira a presidente da organização, Estela de Carlotto, ao saber da morte do militar.
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