6. Dilma escreve carta ao PT para explicar ausência em reunião do diretório nacional
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Em carta de quatro páginas encaminhada neste sábado ao PT para justificar sua ausência na reunião do diretório nacional do partido, a presidente Dilma Rousseff defende a realização de plebiscito para a reforma política e diz que, ao lado do ex-presidente Lula, está ouvindo a “voz das ruas” para dar respostas à sociedade brasileira.
Na reunião que ocorre hoje em Brasília, Dilma seria convidada de honra. A decisão de não comparecer irritou parte dos petistas, em especial o ex-ministro José Dirceu, condenado pelo Supremo Tribunal Federal pelo mensalão. Dirceu participa da reunião do diretório.
“Eles [brasileiros] querem um novo sistema político, mais transparente, mais oxigenado e mais aberto à participação popular que só a reforma política balizada pela opinião das ruas, por meio de um plebiscito, poderia criar. Mais do que tudo, eles querem ser ouvidos e participar”, afirmou na carta.
Dilma justificou a ausência ao dizer que, com a vinda do Papa Francisco ao Brasil, precisa cumprir “deveres aos quais não posso faltar” –com a demanda de organização e segurança que envolve “todo o governo”. A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) foi ao encontro representando a presidente.
Incomodada com recentes decisões do partido, Dilma avisou somente ontem que não participaria da reunião do comando nacional do PT organizada especialmente para garantir sua presença.
No documento, a presidente faz um afago à sigla ao afirmar que não haverá um “Brasil efetivamente novo” sem o PT. “Sei que podemos contar com o nosso partido para acolher essa energia renovadora que vem das ruas e impulsioná-la para revolucionar o Brasil e sua democracia.”
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