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6. Especialistas alertam contra corrida para testes de câncer

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BBC Brasil

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Médicos brasileiros alertam contra corrida para testes de câncer iguais aos feitos pela atriz Angelina Jolie antes de se submeter a uma mastectomia dupla (retirada dos dois seios).

Eles afirmam que a decisão de Angelina é importante para informar a população sobre a existência desse exame, mas também ressaltam o fato de que a análise do histórico familiar é sempre o primeiro passo.

“A estratégia que ela tomou (de fazer o exame e a cirurgia) já existe há alguns anos e é válido que seja divulgada. Mas o mais importante é que ela não seja uma estratégia que cause pânico, levando muito gente a fazer o teste sem indicação médica apropriada”, afirma o oncologista e pesquisador do INCA (Instituto Nacional do Câncer), José Bines.

“Antes de mais nada, é preciso conversar com o médico para ver se há possibilidade um câncer hereditário. A discussão sobre o histórico da família é a base para todo o diagnóstico”, diz.

O geneticista Sérgio Pena, do laboratório Gene, também afirma que ninguém deve fazer o teste automaticamente, sem antes consultar um geneticista.

“Há um conjunto de indicações que, se reunidas, justificariam um teste desses, como a presença na família do pai ou da mãe de vários casos de câncer de mama, especialmente os precoces (antes dos 50 anos), parentes com esse tipo de tumor nas duas mamas e predisposição familiar para câncer de ovário”, afirma Pena.

de 87%.

De acordo com o Câncer Research UK, as mutações genéticas hereditárias conhecidas seriam responsáveis por apenas 2% dos casos de câncer de mama registrados.

Caso o teste de uma paciente indique um alto risco de desenvolver um tumor, ela tem três opções segundo Sharp.

A primeira, e mais extrema, é a retirada dos seios, pela qual Angelina optou.

A segunda seria a realização frequente de exames como ressonâncias e mamografias.

Por fim, ela também poderia optar por tomar uma substância que especialistas acreditam reduzir significativamente as chances de desenvolvimento da doença (o tamoxifem), embora tal tratamento ainda esteja em fase de testes.

No Brasil, a rede pública não oferece esse exame genético “preventivo” – realiza apenas a mamografia, o exame clínico mais indicado para o diagnóstico do câncer de mama.

No entanto, ele está disponível em clínicas e hospitais privados, onde o valor pode variar de R$ 3 mil a R$ 8 mil e é coberto por alguns planos de saúde.

Entre os locais que oferecem o exame estão, por exemplo, o laboratório Fleury e o Gene. A empresa americana InterGenetics também tem um convênio com médicos brasileiros que lhes permite enviar amostras para serem analisadas em seus laboratórios nos Estados Unidos.

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