6. Brasil revê regras para venda de emagrecedores
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DW
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Aos 34 anos, Cláudia (nome alterado pela redação) já perdeu a conta de quantas dietas fez. A funcionária pública ainda se lembra que a primeira foi aos 13. O cardápio incluia reguladores de apetite: “Algumas vezes, usava por três meses. Depois parava. E voltava mais tarde, por mais seis meses, ou um ano”, contou à DW Brasil. Entre os emagracedores que experimentou está a sibutramina, muitas vezes comprada de forma ilegal.
Ela não usa mais a droga – parou há um ano e meio devido à dificuldade em adquirir o produto. O motivo é o endurecimento nas regras de prescrição médica, em vigor desde 2011. Ela faz parte de um público que acompanha com interesse a discussão sobre a venda da sibutramina em andamento na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa.
O órgão se prepara para tomar uma decisão quanto à permanência da droga no mercado brasileiro. Um relatório técnico, em fase final de confecção, vai basear o veredito.
O presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, afirmou que o Brasil consume 50% de toda a sibutramina vendida no mundo. Europa, Estados Unidos, Canadá, Austrália e Argentina já proibiram a venda da droga.
As agências reguladoras internacionais justificam o banimento com base em um estudo conhecido como Scout (Sibutramine Cardiovascular Outcomes). A pesquisa foi encomendada em 2009 pela FDA, a agência reguladora americana.
O teste avaliou a segurança na administração de sibutramina em pacientes obesos com predisposição a doenças cardiovasculates e outras complicações relacionadas ao excesso de peso.
Os resultados mostraram um aumento de 16% do risco cardiovascular. Além disso, o documento concluiu que apenas 30% dos que ingeriram a substância perderam pelo menos 5% do peso em três meses.
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