6. Cientistas brasileiros preocupados com recorde de gás carbônico na atmosfera
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O planeta está em alerta. Gráficos mostram que os índices de concentração de dióxido de carbono na atmosfera bateram recordes e podem, em maio deste ano, ultrapassar a faixa limite de 400 partes por milhão (ppm) em boa parte do Hemisfério Norte.
Isso significa que por cada milhão de moléculas de diferentes gases na atmosfera há 400 de CO2.
Essa é a primeira vez em mais de três milhões de anos que o limite seria ultrapassado.
Christiana Figueres, secretária-executiva da ONU, fez um apelo para um senso de urgência contra a evolução dos índices, capazes de superar o limite simbólico de 400 ppm.
“Estamos perto de exceder o limite”, declarou Figueres às delegações de mais de 190 países participantes da conferência anual sobre a luta contra as mudanças climáticas, que desta vez será sediada no final do ano em Varsóvia, na Polônia.
Devido aos dados alarmantes, o Brasil também resolveu tentar reverter o quadro climático que tem repercutido em todo o planeta.
Existem opiniões controversas sobre as medidas que ainda não foram tomadas no Brasil, mas que fariam grande diferença na briga contra o principal responsável pelo aquecimento global.
Já havia uma expectativa de que os índices pudessem ultrapassar o limite de 400 ppm, mas os pesquisadores não previam que isso aconteceria tão rápido, segundo Hilton Silveira Pinto, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas a Agricultura, da Unicamp.
“Isso é uma confirmação de que o esforço feito pelos países de reduzir as emissões não está fazendo efeito”, diz ele.
“No início do século, os índices de concentração de CO2 eram de 370 ppm. Os 400 ppm são equivalentes a um aumento de cerca de 10% no conteúdo de carbono. Quanto mais carbono, mais calor na superfície terrestre. Pode ser que, em 30 anos, estes números cheguem a 500 ppm, fazendo com que plantas tenham dificuldade em se desenvolver. Caso alcancem os 700 ppm, as plantas não se desenvolverão mais”.
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