6. Obama volta a Berlim sem a mágica da primeira visita
[titulo id=6]
[saibamais leia]
[/saibamais]
Recebido como uma estrela de rock quando passou por Berlim há cinco anos em sua rota rumo à Casa Branca, Barack Obama agora enfrenta uma recepção mais fria e questões difíceis sobre métodos de espionagem dos Estados Unidos quando voltar na próxima semana para reuniões com Angela Merkel e um discurso em frente ao Portão de Brandemburgo.
A visita acontece quase 50 anos depois do dia em que o presidente John F. Kennedy pousou em uma Berlim dividida pela Guerra Fria e, em uma mensagem de solidariedade, disse aos ocidentais na cidade: “Ich bin ein Berliner” (Eu sou um berlinense).
Kennedy é o líder norte-americano com quem Obama foi mais comparado em sua disputa pela Presidência, quando partidários gritavam “Sim, nós podemos” nos comícios da campanha.
Jovem, carismático e inspirador, ele representava esperança, renovação e a ruptura de George W. Bush tão ansiada pelos europeus.
“A Alemanha encontra o superstar” era a manchete na capa da revista semanal Der Spiegel antes da visita dele durante a campanha presidencial norte-americana em 2008.
O discurso de Obama no parque Tiergarten de Berlim atraiu 200.000 fãs, que aplaudiram loucamente enquanto ele reconhecia os erros políticos cometidos no governo Bush e declarava: “A América não tem melhor parceiro do que a Europa”.
A capa desta semana da Der Spiegel sobre a visita de Obama tinha por manchete “O Amigo Perdido”.
A mágica acabou, substituída por questões sobre o fracasso de Obama em fechar a prisão militar da Baía de Guantánamo, seu uso de aviões não tripulados para matar militantes da Al Qaeda e, acima de tudo, o rastreamento da Internet e das comunicações, ao estilo “Grande Irmão”, que os europeus achavam que tivesse acabado com a era Bush.
[final]