8. Troca de acusações marca fim do Fêmen no Brasil
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As meninas do grupo Femen, fundado na Ucrânia em 2008, conseguiram atrair a atenção global nos seus cinco anos de atuação, mas também arrebanharam detratores por todo o mundo.
As ativistas estão mais uma vez no centro de uma polêmica com o fechamento da filial brasileira.
Em nota oficial, a sede ucraniana retirou o direito da líder brasileira Sara Winter de usar o nome Femen, a palavra sextremismo e símbolos do movimento, como o logotipo e a coroa de flores.
O Femen Internacional alega que Sara teria usado indevidamente o dinheiro que elas lhe enviaram.
Anna Hutsol, fundadora do grupo, ameaça “revelar o real motivo que fez Sara entrar no Femen”. A brasileira diz que desde fevereiro ouve a mesma ameaça das ucranianas, mas não sabe a que elas se referem.
Com o desligamento da matriz, Sara partiu para o ataque. “O Femen Ucrânia funciona como uma empresa ou uma agência de marketing. Não é um movimento social. Elas já podem ter tido boas e reais intenções, mas hoje em dia é tudo completamente corrupto”.
Sara confirmou ainda a acusação feita em setembro do ano passado pela ex-ativista do Femen Brazil Bruna Themis.
Bruna afirmou que uma das razões para a sua saída foi a exigência da sede na Ucrânia de que as ativistas não estivessem acima do peso.
Na época, Sara negou a acusação. Agora, no entanto, voltou atrás e explica que o Femen “quer sempre ativistas ‘lindas’ na linha de frente por questões de marketing”.
Segundo Sara, “a atitude é extremamente machista e reforça a sociedade patriarcal”. O Femen Ucrânia diz que esta é uma forma de atrair as pessoas para o feminismo.
Uma conversa pela internet entre Sara e Inna Shevchenko (líder ucraniana), divulgada recentemente, revela a preocupação de Inna com a forma das ativistas.
“(O protesto) da embaixada russa não ficou sexy porque as calcinhas eram pequenas e as meninas aparentavam estar mais gordas do que são na vida real. Preste atenção nisso”, escreveu a ucraniana à brasileira.
Para as ativistas do Femen Brazil, o fechamento da filial nacional foi uma surpresa.
Juliana Freitas, mais conhecida como Pink, outra ex-Femen Brazil, afirma que Sara enganou muitas meninas. “Ela foi suja e mentirosa. Deveria ter sido honesta e avisado a todas no que estávamos nos metendo. Por isso eu não duvido que ela possa ter levado a grana das meninas”, contou.
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