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9. Brasil e Espanha disputam final enquanto Rio espera novo megaprotesto nas ruas

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BBC

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Brasil e Espanha entram em campo às 19h (de Brasília) deste domingo, no reformado estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, para disputar a final da Copa das Confederações.

Do lado de fora do estádio, nas ruas do Rio de Janeiro, é esperado outro evento que não passava pela cabeça da maioria das pessoas antes do torneio, mas que se tornou rotina nos jogos da competição até aqui: uma manifestação que deve reunir milhares de pessoas.

O objetivo da manifestação é mais uma vez protestar contra os gastos públicos com a organização da Copa do Mundo do ano que vem, para a qual a Copa das Confederações serve como “ensaio”, e para a Olimpíada de 2016, que acontecerá no Rio de Janeiro.

Antes do torneio, as seleções de Brasil e Espanha não poderiam viver momentos mais distintos entre si.

O Brasil, que amargava a 22ª posição no ranking da Fifa, sua pior posição da história, vinha desacreditado com uma série de maus resultados em amistosos.

A Espanha, atual campeã mundial e vencedora dos últimos dois torneios continentais europeus, é líder absoluta de seu grupo nas eliminatórias para a Copa de 2014, está invicta há 19 meses e lidera o ranking da Fifa desde outubro de 2011.

Mas o Brasil chega à final em ascensão, após cinco vitórias consecutivas (além das quatro vitórias na Copa das Confederações, havia vencido um amistoso contra a França antes do torneio) e com a credibilidade recuperada.

Em uma entrevista coletiva no fim da tarde deste sábado, o técnico brasileiro, Luiz Felipe Scolari, disse não considerar a Espanha como favorita.

Scolari disse que prefere ganhar mesmo com um estilo de jogo feio. “O resultado fica para a história, o jogo bonito passa. Esse é o meu pensamento, gostem ou não.”

A expectativa em relação à partida é acompanhada do temor sobre possíveis confrontos entre manifestantes e a polícia nas proximidades do Maracanã, como ocorreu no dia 20 de junho, quando Espanha e Taiti jogaram no estádio enquanto 300 mil pessoas participavam de passeata desde a igreja da Candelária, no centro, até a sede da prefeitura, a cerca de três quilômetros dali do estádio.

Um grupo desgarrado da manifestação chegou a tentar se aproximar do Maracanã, mas foi dispersado pela polícia com bombas de gás lacrimogêneo.

O temor sobre a ocorrência de episódios de violência levou a Fifa a anunciar o reforço da segurança privada dentro do estádio para a final deste domingo, enquanto a Polícia Militar elevou em 42% o efetivo de segurança dentro e fora do Maracanã, que contará com cerca de 6 mil homens.

A prefeitura também anunciou o aumento de 12 para 16 no número de ruas interditadas nas imediações do estádio e antecipou em uma hora, para as 13h, o início da interdição.
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