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A bebida vermelha que já foi feita com insetos esmagados

Bebida Vermelha. Foto: Marcelo Krelling

O amargo e sofisticado Campari, clássico dos bares e drinques italianos, guarda um segredo que muita gente prefere ignorar. Até 2006, a famosa coloração vermelha da bebida era obtida com um corante natural feito a partir de um inseto esmagado: a cochonilha, um pequeno parasita que vive em cactos e produz ácido carmínico, usado para tingir alimentos e cosméticos.

A produção envolvia a secagem e trituração dos insetos até que se obtivesse o pó carmim, que então era diluído no licor. Isso acontecia sem que muitos consumidores soubessem — afinal, a legislação não exigia o destaque do ingrediente na rotulagem. A prática foi abandonada por questões éticas e pressões de mercado, e hoje o Campari usa corantes sintéticos, mas a fama permaneceu.

Ainda assim, o Campari segue como ícone da coquetelaria, base de drinques como Negroni e Americano.