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A descoberta de cientistas que explica por que Marte é inabitável

Registro de Marte feito pelo rover Curiosity. Foto: Nasa

Um estudo publicado na revista Nature nesta quinta (3) sugere que Marte, apesar de ter exibido sinais de água no passado, estava destinado a permanecer desértico e inabitável devido a sua composição mineral. O planeta vermelho possui evidências de antigos rios e lagos, mas a falta de água líquida continua sendo um fator crucial para a sua falta de habitabilidade.

A pesquisa foi impulsionada por descobertas recentes feitas pelo rover Curiosity, que identificou rochas ricas em carbonatos, minerais capazes de capturar e reter dióxido de carbono da atmosfera marciana. Esses minérios, semelhantes ao calcário na Terra, funcionam como esponjas, prendendo o dióxido de carbono e dificultando a formação de um ciclo climático equilibrado.

Na Terra, o dióxido de carbono é liberado por erupções vulcânicas, mantendo um equilíbrio climático que permite a presença contínua de água líquida. Marte possui uma taxa muito baixa de emissões do tipo, o que interrompe esse equilíbrio e torna o planeta muito mais frio e menos habitável ao longo do tempo.

Os cientistas apontam que, embora tenha havido breves períodos de água líquida em Marte, esses momentos de “habitabilidade” foram seguidos por longos períodos de deserto estéril, o que impede qualquer forma de vida de se estabelecer. A existência de vida dependerá de amostras de rocha que deverão ser trazidas para a Terra nas próximas décadas.