A estratégia da Globo que deu errado e deixou público revoltado

Desde 2018, a Globo adotou o modelo de contrato por obra, encerrando vínculos fixos com parte do seu tradicional elenco para reduzir custos. A mudança, no entanto, impactou a identificação do público com as novelas, o que levou a emissora a realizar uma pesquisa interna. O resultado confirmou a percepção generalizada: os telespectadores sentem falta de rostos conhecidos que marcaram gerações de tramas no canal.
Diante disso, a Globo iniciou um movimento para reconstruir seu banco de talentos e já busca nomes que deixaram a casa nos últimos anos. Estão na mira Flávia Alessandra, Juliana Paes, Marcelo Serrado, Camila Pitanga, Rodrigo Simas, Deborah Secco, Antonio Fagundes, Carol Castro, Fábio Assunção e Claudia Abreu. Outros nomes que perderam contrato de exclusividade, como Paolla Oliveira, Marjorie Estiano, Murilo Benício e Nicolas Prattes, também podem retornar.
Simultaneamente, atores que estavam em vias de serem contratados por obra tiveram os contratos renovados por longo prazo. É o caso de Taís Araújo, Adriana Esteves, Rodrigo Lombardi, Cauã Reymond, Mariana Ximenes, Sophie Charlotte, entre outros. A meta da emissora é manter de 80 a 100 nomes no elenco fixo, reduzindo os longos períodos fora do ar e melhorando o aproveitamento dos talentos.
No auge dos Estúdios Globo, mais de 450 atores faziam parte do elenco. Após o projeto “Uma Só Globo”, esse número caiu drasticamente. Mesmo com a redução, medalhões como Tony Ramos, Lilia Cabral, Laura Cardoso, Susana Vieira e Nathalia Timberg permanecem na ativa. Agora, a emissora tenta equilibrar contenção de gastos com a manutenção da identidade de suas produções, reforçando o vínculo emocional com o público.