A justificativa surpreendente do ex-jogador que agrediu namorada com 60 socos no elevador

O ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, alegou ter sofrido um “surto claustrofóbico” ao justificar a agressão brutal contra a namorada, registrada por câmeras de segurança em um elevador de Natal, no Rio Grande do Norte. O caso ocorreu no último sábado e ganhou repercussão nacional pela violência e pela explicação apresentada durante o depoimento do agressor. A vítima levou mais de 60 socos em menos de dois minutos.
As imagens mostram o momento em que o casal entra no elevador discutindo. Logo depois, Cabral desfere socos e tapas sucessivos contra a mulher, mesmo com ela tentando se proteger. Segundo o boletim de ocorrência, a agressão só cessou após a porta abrir, quando a vítima conseguiu sair correndo do local. Ela passou por cirurgia de reconstrução facial e segue em recuperação.
Detido em flagrante, o ex-atleta teve a prisão convertida em preventiva pela Justiça potiguar. Ao ser interrogado, afirmou que sentiu pânico repentino por estar em um ambiente fechado, o que teria desencadeado o ataque. A versão foi recebida com ceticismo por especialistas em psicologia forense, que destacam que a claustrofobia, embora real, não costuma se manifestar de forma violenta contra terceiros.
A defesa de Cabral tenta caracterizar o episódio como um “estado alterado de consciência”, buscando abrir caminho para um possível atenuante judicial. No entanto, a gravidade da agressão e o registro audiovisual completo tornam improvável a tese de ausência de intenção ou controle. A repercussão do caso reacendeu o debate sobre violência doméstica e a responsabilização de agressores, especialmente os que tentam justificar suas ações com diagnósticos não comprovados.
A vítima, que não teve o nome divulgado, prestou depoimento e solicitou medidas protetivas. Ela foi atendida por uma equipe especializada de apoio a mulheres em situação de violência. O caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) em Natal.