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A vida pós-Bolsonaro: quem herda o espólio do capitão?

O ex-presidente, Jair Messias Bolsonaro

A prisão de Bolsonaro abriu espaço para uma disputa interna entre líderes da direita. Sem o ex-presidente para unificar o movimento, surgiram diferentes candidaturas ao posto de herdeiro político. Flávio Bolsonaro, Michelle, Tarcísio de Freitas e Romeu Zema aparecem como nomes em competição.

Cada grupo tenta ocupar nichos específicos. Michelle opera no campo religioso, com apoio de pastores e igrejas. Tarcísio usa o governo de São Paulo como vitrine administrativa. Flávio busca preservar o sobrenome, mas enfrenta desgaste devido a investigações. Zema tenta se vender como alternativa moderada.

O problema para a direita é a falta de coordenação. Com Bolsonaro preso, disputas internas ficaram mais intensas. O movimento perdeu foco e passou a depender de influenciadores e redes de apoio fragmentadas. A base, antes coesa, se divide diante de lideranças concorrentes.

Enquanto isso, setores conservadores tentam reorganizar alianças no Congresso. A ausência de Bolsonaro dificulta articulação eleitoral e enfraquece pautas unificadoras. A direita hoje depende mais de escândalos e crises para manter relevância.

O espólio bolsonarista segue em disputa. A definição do novo líder depende de desempenho nas eleições municipais e da capacidade de cada nome de se aproximar do eleitorado mais radical. O cenário ainda é instável.