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Abin fecha contratos secretos de R$ 19 milhões com empresas estrangeiras

(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Da Crosoé:

Dezembro encheu as canetas de Alexandre Ramagem (foto) e a Agência Brasileira de Inteligência foi às compras no exterior. Entre os dias 14 e 24, a Abin homologou oito dispensas de licitação — instrumento que permite a órgãos públicos a contratação de fornecedores sem concorrência pública — que somam 19 milhões de reais com empresas no exterior, sem sequer revelar os nomes das contratadas.

Os gastos foram empenhados a título de investimentos na aquisição de equipamentos para a agência de oficial de espionagem que, como mostrou Crusoé, foi aparelhada pelo governo de Jair Bolsonaro. Oficialmente, as despesas foram classificadas como destinadas a “equipamento e material sigiloso e reservado”, executadas na rubrica “Ações de Inteligência”. Nem mesmo no banco de dados do sistema de execução orçamentária da União constam os nomes das empresas contratadas pelo órgão, subordinado diretamente à Presidência da República (confira abaixo o registro de um dos processos de compra publicados no Diário Oficial da União).

Das oito dispensas de licitação assinadas pela Abin, o diretor-adjunto de Alexandre Ramagem, Frank Marcio de Oliveira, aparece como a autoridade responsável pelas quatro de maior valor, que, juntas, somam 15,9 milhões de reais. Na outra metade, quem assina é Carlos Afonso Gonçalves Gomes Coelho, secretário de Planejamento e Gestão da agência, totalizando 3,1 milhões de reais.

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