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Acelerar processo sobre ‘rachadinha’ e ‘Queiroz’ está entre as táticas para conter ataques de Bolsonaro ao Congresso

Jair Bolsonaro. Foto: AFP

Do Congresso em Foco:

Após o endosso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a uma manifestação contra o Congresso Nacional, partidos de esquerda passaram a se unir para criar uma estratégia de ação com o objetivo de impedir que o presidente continue com atitudes que atentem contra as instituições.

Ao menos cinco ações estão sendo articuladas para isso: reunião de líderes com a presença do presidente da Câmara e Senado para unir partidos de centro ao debate; reunião de partidos de esquerda para criar uma estratégia de ação conjunta; representação na Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente; aceleração do processo contra Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Flávio Bolsonaro (sem partido) no Conselho de ética das respectivas Casas; e manifestação popular nas ruas no próximo dia 8.

Reuniões para definir estratégias

Evitando afirmar que será protocolado um pedido de impeachment contra o chefe do Executivo, o líder o PT na Câmara, Enio Verri (PR), não descarta que existe essa possibilidade. “O PT, como a maior bancada da Câmara, vai se reunir nessa segunda, às 16h, para decidir o que será feito. Mas certamente serão tomadas ações políticas e jurídicas”, disse ao Congresso em Foco.

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Outro ponto de aposta dos congressistas para pressionar o governo e seus pares a frearem os ataques antidemocráticos são os processos nos conselhos de Ética da Câmara e do Senado contra o deputado Eduardo Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro, ambos filhos do presidente.

Para o líder do PT, essas declarações do chefe do Executivo contra o poder Legislativo criam um clima que pode levar a aceleração da análise dos processos contra os filhos de Bolsonaro.

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Para a líder do Psol, o processo deve andar com celeridade, caso contrário, também será um ataque contra a democracia, pois, na visão da deputada, Eduardo Bolsonaro, ao defender novo AI-5 no Plenário, atentou contra o parlamento, “o que não pode ser admitido”. Quanto a Flávio, a deputada ressalta a relação dele com Queiroz e com a milícia carioca, para ela isso também precisa resultar em seu urgente afastamento.

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