Ações de Bolsonaro podem caracterizar genocídio, dizem pesquisadores

As ações feitas pelo presidente do Brasil no combate à pandemia poderiam caracterizar crime de genocídio e contra a humanidade, de acordo com o Estatuto de Roma – que rege o Tribunal Penal Internacional e do qual o Brasil é signatário. A postura negacionista de Jair Bolsonaro em relação ao combate da doença, aliado a uma marca de 350 mil mortos que deve ser ultrapassada neste sábado (10), seria uma violação a dois artigos do texto legal.
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A análise é do Instituto Nacional de Pesquisa e Promoção dos Direitos Humanos (INPPDH), associação que reúne pesquisadores das ciências humanas sediada em Campinas (SP).
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Leia a íntegra da análise:
Para os pesquisadores, a análise dos fatos comprova que o presidente Bolsonaro “agiu e, em outros termos, omitiu-se, de forma a contribuir decisivamente para a disseminação exponencial da covid-19, acarretando a morte generalizada de centenas de milhares de pessoas e a infecção danosa de mais de uma dezena de milhões de outras pessoas no Brasil”.
Pesou na análise o fato de que o presidente, além das ações de governo, também têm se manifestado contra opiniões da medicina e da ciência, e menosprezado o poder destrutivo da doença – como quando, ainda no início da pandemia, definiu a covid-19 como uma “gripezinha”.
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