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Acredite se quiser: ao deixar cargo de juiz, Moro pode se livrar de processos no CNJ

Reportagem do UOL publicada no dia 1º de novembro informa um fato, no mínimo, curioso. Ao ser exonerado do cargo de juiz federal para assumir o Ministério da Justiça, Sergio Moro deverá se livrar de representações feitas ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) contra sua atuação como magistrado responsável pela Operação Lava Jato.

De acordo com a publicação, durante os quatro anos à frente da operação, Moro foi alvo de diferentes representações ao CNJ que contestaram sua imparcialidade e a legalidade de suas decisões na condução da operação. Ao deixar o cargo de juiz, não está claro o que deverá acontecer com os processos a que Moro responde no Conselho. O CNJ é um órgão disciplinar responsável por aplicar punições administrativas aos magistrados.

Um conselheiro ouvido pela reportagem afirmou que, após a exoneração do cargo, a tendência seria a de que os processos fossem arquivados, já que Moro não exerceria mais a função de juiz federal. Mas, como cabe recurso da decisão de arquivamento, é provável que as decisões sejam avaliadas caso a caso, completa o Portal UOL.

O juiz federal Sergio Moro pede silêncio na tentativa de conceder entrevista coletiva, ao deixar a casa do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), no Rio de Janeiro – 01/11/2018 (Mauro Pimentel/AFP)