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Adolescência já foi vista como estágio primitivo da evolução humana; entenda

Grupo de adolescentes – Foto: Reprodução

No início do século 20, estudiosos acreditavam que os adolescentes ainda não eram plenamente humanos. O psicólogo G. Stanley Hall defendia que essa fase da vida representava um estágio primitivo da evolução, uma espécie de repetição do desenvolvimento da espécie humana. Para ele, os jovens estavam presos entre a infância e a maturidade, passando por uma etapa de “tempestade e estresse” que exigia controle e disciplina.

Esse pensamento surgiu em meio a mudanças sociais nos Estados Unidos, como o aumento da expectativa de vida, o avanço da educação e o crescimento das cidades. Hall associava comportamentos comuns da adolescência — como tédio, ansiedade ou rebeldia — a riscos morais e sociais. Ele via a escola como o ambiente ideal para controlar os impulsos juvenis e garantir que os adolescentes completassem sua “evolução”.

Com o tempo, essa visão foi superada. A psicologia moderna entende que a adolescência é uma fase de intenso desenvolvimento emocional e cognitivo. Em vez de ver os jovens como incompletos, os especialistas atuais reconhecem sua capacidade de adaptação, criatividade e influência social. Hoje, sabe-se que esse período é essencial para formar a identidade e lidar com as transformações do mundo.