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Adolescentes denunciam racismo na Fast Shop em shopping de SP

Adolescentes denunciam caso de racismo em loja em SP
Registro do momento em que os garotos são perseguidos pelo funcionário da loja.
Foto: Reprodução

Na última quarta-feira (20), três adolescentes negros de 13 anos denunciaram que foram alvo de racismo durante passeio em um shopping, em São Paulo. Em vídeo filmado por eles, é flagrado o momento em que um funcionário do local os seguia dentro da loja da loja Fast Shop, no Shopping Pátio Higienópolis, no bairro Higienópolis, em São Paulo.

“Tem um cara aqui olhando nós para todo lugar que nós vamos, então vão ficar olhando, mano”, explicou um dos garotos. “Aí o cara vem atrás, o cara vem atrás, ó”, reclamou novamente um dos jovens.

Um dos adolescentes diz ter ficado muito nervoso: “(Eu senti) nervosismo. Porque era minha primeira saída sozinho, andar sozinho, e logo de cara acontece isso”.

Nas redes sociais, o jornalista e podcaster Djalma Campos, pai de uma das crianças, afirmou que os garotos teriam ido ao shopping para assistir filme no Cinema e depois passaram na loja onde foram seguidos.

“E ali começou um problema que todo negro/negra, adulto ou criança, já enfrentou na vida: a perseguição por conta do racismo”, afirmou Djalma. “Ele (o funcionário) é a pessoa que, ao olhar para um garoto negro, cria aquela régua que faz com que toda pessoa que tenha 1 grama de melanina na pele seja identificada como bandido ou potencialmente perigoso”.

“Senhores da Fast Shop, o racismo é CRIME! E perseguir crianças em shoppings, é uma atitude vergonhosa — e consiste na ação mais vil e nojenta que uma loja é capaz cometer. Qual é a desculpa?”, continuou.

A Secretaria de Segurança Pública afirmou que foi registrado um boletim de ocorrência por injúria racial na delegacia eletrônica.

Em nota, a Fast Shop afirmou que “repudia todo e qualquer ato discriminatório e que “iniciou uma investigação para apurar o ocorrido” e que “caso seja comprovada qualquer atitude irregular ou discriminatória por parte de algum colaborador, todas as medidas serão adotadas.”

Já o Shopping Pátio Higienópolis declarou que “reitera que não compactua e repudia qualquer ato que denote discriminação ou qualquer forma de racismo. O empreendimento tem estabelecido um rigoroso código de ética e conduta e promove treinamento e palestras educativas para público interno e lojistas”.

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