Adriano da Nóbrega “não era miliciano, mas sim bicheiro”, diz irmã pega em conversa interceptada

Do G1:
Investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) indicam que atuação do ex-capitão da Polícia Militar Adriano da Nóbrega não se limitava a assassinatos, agiotagem e negócios juntos à milícia de Rio das Pedras e da Muzema, na Zona Oeste do Rio.
O G1 apurou com investigadores que capitão Adriano, como era chamado, era o dono de pontos de máquinas caça-níquel pela cidade e o dinheiro obtido com a exploração criminosa dos equipamentos era revertido para investimentos em terras, gado e cavalos.
Adriano morreu em um confronto com a polícia baiana em 9 de fevereiro de 2020. No dia seguinte, uma das irmãs dele, Tatiana, viajou até a cidade de Lagoinhas, na Bahia, para reconhecer o corpo do ex-policial, que estava no Instituto Medico Legal (IML) local.
No dia 11, dois dias depois que ele foi morto, Tatiana e a outra irmã do miliciano, Daniela, conversaram sobre Adriano. O bate-papo foi interceptado com autorização da Justiça. Tatiana disse que Adriano confessou a ela que não iria se entregar. Ainda na conversa, Tatiana confidencia a Daniela a atividade do irmão junto à contravenção, mas negou que ele era miliciano: “Não era miliciano, mas sim bicheiro”.
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