Apoie o DCM

Advogada acusada de violência em protestos no Rio pede asilo ao Uruguai

 

A advogada Eloísa Samy, acusada de atos violentos em protestos no Rio de Janeiro e considerada foragida pela Justiça, foi na manhã desta segunda-feira (21) ao Consulado-Geral do Uruguai para pedir asilo político ao país vizinho. Ela pediu asilo também para o jovem David Paixão, por quem é responsável legal. Investigada pela Operação Firewall, da Polícia Civil, ela foi um dos 23 ativistas que tiveram prisão preventiva decretada, por associação criminosa, pela 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, na última sexta-feira (18).

A informação foi divulgada pelo DDH (Instituto de Defensores de Direitos Humanos), organização não governamental da qual Eloísa Samy faz parte. Segundo o DDH, o objetivo da advogada é conseguir o asilo para defender-se, em liberdade, das acusações que são feitas pelo Ministério Público.

Segundo o advogado Rodrigo Mondego, que conversou com Eloisa dentro do Consulado, a advogada pediu asilo por se considerar uma perseguida política do Estado. “Ela disse que está tendo três direitos humanos cerceados: de julgamento justo, presunção de inocência e liberdade”, disse Mondego. Eloísa falou também que foi até o Consulado em uma atitude “de desespero”.

Mondego afirmou que Eloísa Samy escolheu o consulado do Uruguai pelo fato de o país ser presidido por um ex-preso político, José Mujica. “Ela entendeu que era o pais certo”, relatou. O consulado informou que se pronunciará ainda hoje sobre o caso.

A advogada divulgou vídeo nesta segunda no qual afirma que não cometeu crime algum e que o Estado “atua na ilegalidade”. “Um direito fundamental violado afronta todos nós. (…) Quem atua na ilegalidade é o Estado. Temos o direito de defender nossas ideias, nossos desejos de transformação para o Brasil ir além”, afirma a advogada.

 

SAIBA MAIS

UOL