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Advogados criticam proposta de acordo da Vale sobre Mariana: “Enganosa”

Rompimento da Barragem do Fundão, da Vale, em Mariana (MG). Foto: Marta Nogueira e Roberto Samora

Os advogados das vítimas da tragédia de Mariana (MG), que movem uma ação judicial em Londres, criticaram a proposta de acordo apresentada nesta segunda-feira (29) pela Vale e BHP. O escritório Pogust Goodhead contestou os valores oferecidos, classificando a oferta como “enganosa”.

“Infelizmente, a oferta é enganosa de várias maneiras. Não resolve os processos movidos por quase 700 mil vítimas em Londres. Visa sanar as obrigações das empresas com as autoridades brasileiras, e não a reparação e compensação que as vítimas merecem. E, embora o número anunciado seja de R$ 127 bilhões, apenas metade desse montante é dinheiro realmente novo a ser aplicado”, disse Tom Goodhead, CEO do escritório, à Coluna do Estadão.

O advogado consultor do Pogust Goodhead no Brasil, José Eduardo Cardozo, também criticou a proposta. “A nova proposta da Vale e da BHP mascara um acordo insuficiente, que apenas contempla União e estados, negligencia totalmente os pedidos de compensação e reparação integral dos afetados e, principalmente, insulta a dignidade das vítimas, excluídas das negociações”, disse.

A proposta da Vale envolve um pagamento de R$ 127 bilhões para liquidar definitivamente as obrigações relacionadas ao rompimento da barragem de Fundão, considerando obrigações passadas e futuras. Entretanto, os advogados da ação em Londres alegam que apenas R$ 72 bilhões desse montante representariam dinheiro novo, enquanto o restante seria englobado por valores já desembolsados ao longo dos anos desde a tragédia.

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