Advogados de Bolsonaro compram briga com STF por depoimento de ex-ministro

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) e a Polícia Federal estão em disputa sobre o indiciamento do ex-presidente na investigação de fraude em certificados de vacinação contra a covid-19. O impasse envolve o depoimento do ex-ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, considerado peça-chave para esclarecer o caso.

Na sexta-feira (11), os advogados de Bolsonaro solicitaram, pela segunda vez, que Rosário seja ouvido pela PF, argumentando que ele possui “informações cruciais” para a investigação.

Os defensores do ex-presidente alegam que Rosário pode “preencher importantes lacunas” na apuração, uma vez que sua gestão na CGU teria determinado uma investigação preliminar diante da suspeita de inserção de dados falsos na carteira de vacinação do ex-presidente, em dezembro de 2022. Apesar de um pedido semelhante ter sido feito em agosto, Rosário ainda não foi convocado para depor.

O interesse da defesa de Bolsonaro em ouvir Rosário também se justifica pelo fato de que o ex-ministro teria solicitado ao ex-presidente, em 29 de dezembro de 2022, autorização para levantar o sigilo de seu cartão de vacinação. Esse pedido foi motivado por uma série de solicitações via Lei de Acesso à Informação. Bolsonaro já prestou depoimento à PF e nega qualquer envolvimento em fraudes.

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