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Advogados indígenas tentam barrar inquérito da PF contra Sonia Guajajara por críticas a Bolsonaro

Do Globo

Uma das principais lideranças indígenas do País, Sônia Guajajara critica o governo Bolsonaro
Waldemir Barreto/Agência Senado

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) ingressou na manhã desta segunda-feira com um pedido de habeas corpus para trancar o inquérito contra a liderança Sônia Guajajara, intimada a depor pela Polícia Federal depois que a Fundação Nacional do Índio (Funai) abriu uma ação para investigar a difusão de “fake news” e indícios de crime de estelionato durante a série na web “Maracá”, em 2020.

No pedido de liminar assinado por três advogados indígenas e protocolado na Vara Federal Criminal do Distrito Federal, a Apib argumenta que a ação carece de “indícios mínimos  capazes de deflagrar uma investigação penal” contra sua coordenadora executiva.

Além de Sônia, a PF também intimou o líder indígena de Rondônia, Almir Suruí, a prestar depoimento em um inquérito aberto em razão de divulgações na internet que, de acordo com a Funai, propaga “mentiras” contra o governo.

“Não resta dúvida de que existe farta quantidade de documentos técnicos que evidenciam a ineficiência por parte do Governo Federal em combater a pandemia nos territórios indígenas. Diante de tal omissão, a Articulação dos Povos Indígenas iniciou a campanha emergência indígena, a fim de suprir a inércia do governo federal”, argumenta a entidade para justificar a campanha da qual a Funai se queixa. (…)