Advogados pedem anulação do júri que condenou Paulo Cupertino a 98 anos de prisão

A defesa do empresário Paulo Cupertino, condenado a 98 anos de prisão pelo assassinato de Rafael Miguel e seus pais, protocolou um recurso contra a decisão. O julgamento, que durou dois dias, concluiu que Cupertino cometeu triplo homicídio qualificado. Ele foi acusado de matar Rafael, seu pai João e sua mãe Miriam com tiros, após uma discussão relacionada ao namoro de Rafael com sua filha, Isabela.
A defesa argumenta que houve cerceamento de defesa e falhas nas investigações, e pretende pedir a anulação do júri. Caso a anulação não seja aceita, a defesa solicitará a diminuição da pena para que o empresário possa progredir para o regime semiaberto. O juiz, por sua vez, destacou a violência extrema do crime e o impacto psicológico nas famílias envolvidas.
Durante o julgamento, Isabela, filha de Cupertino, confirmou que o pai foi agressivo com a família de Rafael. Cupertino negou o crime, alegando que um “vagabundo” teria sido o responsável, mas não quis identificar o suposto autor. A acusação do Ministério Público reforçou a evidência das provas materiais, como cartuchos encontrados no local do crime, que coincidiam com a arma registrada em nome de Cupertino.
