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Aéreas estrangeiras podem comprar brasileiras a preço de banana com coronavírus, diz presidente da Azul

Avião da Azul. Foto: Wikimedia Commons

Da Coluna Painel S.A. de Joana Cunha na Folha de S.Paulo.

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Na incerteza sobre como o governo vai ajudar as companhias aéreas brasileiras a sobreviver à crise do coronavírus, o presidente da Azul, John Rodgerson, diz ter receio de que a aviação local seja atingida por uma onda de aquisições por empresas estrangeiras, facilitada pela recente legislação que liberou o capital internacional em aéreas do Brasil. “O governo fala em ser liberal, mas os países mais liberais do mundo estão resgatando [as aéreas] porque tem que resgatar”, afirma.

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Rodgerson afirma que vai ficar difícil para as brasileiras competirem com as aéreas dos Estados Unidos, que estão negociando uma ajuda de US$ 50 bilhões com o governo americano.

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Ele avalia que se as aéreas nacionais quebrarem e forem compradas por estrangeiras, as empresas de fora não teriam interesse em voar para municípios pequenos, como faz a Azul no país.

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Segundo o executivo, a situação é tão grave que é possível haver falências no setor aéreo no Brasil nos próximos meses. “As empresas americanas olharam para o Trump e disseram: nós vamos quebrar se não resgatar”, afirma Rodgerson.

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“O que vai acontecer é o seguinte: Trump ajuda todos os gringos, as empresas brasileiras quebram e, daqui a seis meses, as empresas gringas vêm para o Brasil, compram tudo a preço de banana. E você acha que eles vão voar para Alta Floresta (MT)?”

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