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Agamia: o que é e por que cresce entre jovens que rejeitam vínculos fixos

A “agamia” é um modelo de relacionamento. Foto: Divulgação

A “agamia” é um modelo de relacionamento que vem ganhando visibilidade entre jovens e se define pela ausência de parceiros fixos e pela rejeição à ideia de formar uma família nos moldes tradicionais. De acordo com o Jornal da USP, essa proposta rompe com rótulos como namoro, casamento ou união estável, priorizando a autonomia individual e valorizando conexões pontuais.

Especialistas associam o crescimento da agamia a mudanças sociais e culturais, como a maior valorização da independência, a busca por experiências diversas e a recusa a padrões vistos como ultrapassados. Para os adeptos, não se trata de evitar vínculos afetivos, mas de vivê-los sem as obrigações impostas pelos modelos convencionais, preservando a liberdade pessoal.

Pesquisas mostram que o fenômeno acompanha tendências mais amplas, como o aumento de pessoas solteiras por escolha e o adiamento ou abandono do projeto de ter filhos. Plataformas digitais e aplicativos de relacionamento também contribuem, ao facilitar interações rápidas e efêmeras que se encaixam na lógica da agamia.

Sociólogos afirmam que, embora a prática não seja nova, sua popularização entre as novas gerações revela mudanças profundas na forma de lidar com intimidade e compromisso. Para funcionar, exige comunicação clara e respeito mútuo, evitando conflitos e desalinhamentos.