Água fria: após reação inicial positiva do mercado, Milei tem uma série de desafios na economia

O presidente da Argentina, Javier Milei, tem enfrentado uma queda nos preços dos títulos, um novo enfraquecimento do peso e investidores receosos com leilões da dívida do governo. O mandatário, que gerou uma reação positiva dos mercados, que dispararam logo após ele assumir o cargo, agora tem que lidar com uma série de desafios na economia do país.
Ele terá que conter uma inflação que se aproxima de 200%, reconstruir reservas do país e resgatar um programa de US$ 44 milhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Isso tudo enquanto enfrenta uma resistência do Congresso, já que sua coalizão não tem maioria.
Os preços dos títulos soberanos começaram a despencar após a vitória de Milei em novembro e o índice de risco do país atingiu o nível mais alto em sete semanas. Ao mesmo tempo, a diferença entre a taxa de câmbio oficial do peso-dólar e as taxas paralelas (usadas para contornar os controles rígidos de capital) tem aumentado após uma grande redução em dezembro.
O país tem tentado reviver um enorme acordo com o FMI e promoveu negociações em Buenos Aires na última semana para desbloquear a sétima revisão do programa e cerca de US$ 3,3 bilhões em recursos.