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Alckmin e Ciro criticam improviso e ‘vassalagem’ do Brasil de Bolsonaro aos EUA

Ciro Gomes e Geraldo Alckmin. Foto: Reprodução/YouTube

Reportagem de Marina Dias e Patrícia Campos Mello na Folha de S.Paulo informa que ex-candidatos à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) fizeram nesta sexta-feira (5) críticas duras ao governo de Jair Bolsonaro, classificado por eles como um conjunto de disparates, pautado pelo improviso e pela “vassalagem vergonhosa” em relação aos Estados Unidos. Os dois políticos, derrotados pelo atual presidente na eleição de outubro, alinharam discursos quanto à falta de articulação política do Planalto —que não consegue angariar uma base aliada no Congresso— e à aproximação do Brasil com o governo de Donald Trump.

De acordo com a publicação, os ataques a Bolsonaro e a sua gestão aconteceram diante do ministro Santos Cruz (Secretaria de Governo), responsável justamente pela relação do Planalto com o Congresso. O general estava na plateia da Brazil Conference, evento organizado por alunos da universidade de Harvard e do MIT (Massachusetts Institute of Technology), e passou grande parte do tempo —pouco mais de uma hora e meia— mexendo no celular e foi embora antes do fim do debate. Enquanto Alckmin afirmou que Bolsonaro comanda um governo “improvisado e heterogêneo”, com “pauta equivocada”, Ciro chamou Bolsonaro de imbecil e disse que o alinhamento com a Casa Branca é uma “coisa nojenta”.

“É uma vassalagem vergonhosa ao Trump. É uma coisa nojenta colocar o filho mexendo em coisa séria”, disse o ex-governador do Ceará.  Eduardo Bolsonaro, filho caçula do presidente, é responsável pela chancela às principais decisões de política externa do governo —o deputado, atual chefe da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, participou da reunião privada entre Bolsonaro e Trump na Casa Branca, em março. O tucano, por sua vez, também criticou o alinhamento do Brasil aos EUA. Ele afirmou que o país é “caudatário do Trump, sem a menor necessidade” e disse que a relação está prejudicando as exportações brasileiras, principalmente em relação ao mundo árabe, completa a Folha.