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Alckmin investe menos que o previsto em seis das 10 maiores secretarias

Da Folha:

 

No primeiro ano do segundo mandato do governador Geraldo Alckmin (PSDB), em 2015, o governo paulista aplicou menos recursos do que o previsto em 6 das 10 maiores secretarias estaduais.

As pastas que dispõem de mais verbas para investimentos como obras e infraestrutura foram as que registraram um distanciamento maior entre o que estava previsto na Lei Orçamentária de 2015 e o que foi efetivamente liquidado. Investimentos não são gastos obrigatórios.

A maior diferença entre o previsto e o gasto ficou na Secretaria de Logística e Transportes (-42%), seguida por Saneamento e Recursos Hídricos (-41%), Transportes Metropolitanos (-36%), Habitação (-35%), Administração Penitenciária (-12%) e Segurança Pública (-4%).

Saúde, Desenvolvimento Econômico e Justiça tiveram gastos próximos dos previstos, e Educação, 4% maiores.

Os dados foram extraídos do Sigeo (sistema de acompanhamento da execução orçamentária) em 19 de janeiro pela liderança do PT na Assembleia Legislativa, a pedido da Folha. Os valores liquidados ainda podem ser atualizados, mas sem mudanças significativas para a análise.

O governo Alckmin atribuiu os gastos menores, principalmente, à crise que atinge o país. “A despeito de a Lei Orçamentária de 2015 ter sido elaborada [em agosto de 2014] com PIB, previsão de receita e financiamentos muito conservadores, a realidade superou as piores previsões.”

Quando as metas foram estipuladas, a gestão tucana previa um crescimento do PIB de 1,5% e inflação a 6,1%. Mas 2015 fechou com queda de 3,7% no PIB, segundo estimativas, e inflação a 10,7%.

Para a oposição na Assembleia, o governo, ao cortar investimentos, deixa de induzir o crescimento econômico e de criar saídas para a crise.