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Alckmin pode ir a protesto no dia 13 “como cidadão”

Do Estadão:

Após participar de uma reunião na tarde de ontem no Palácio dos Bandeirantes com deputados de oposição e representantes de grupos pró-impeachment, e com a presidente Dilma Rousseff no Congresso, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que cogita, “como cidadão”, participar da manifestação marcada para domingo na Avenida Paulista.

“Nossa tarefa é garantir a segurança para uma livre manifestação. Como cidadão pode ser (que eu vá)”, disse o tucano. Reservadamente, porém, auxiliares do governador declararam que ele não deve ir ao protesto.

Participaram do encontro no Bandeirantes os deputados Paulinho da Força (SD-SP), Carlos Sampaio (PSDB-SP), Mendonça Filho (DEM-PE), representantes do Movimentos Brasil Livre (MBL) e sindicalistas.

Também estavam presentes os secretários de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, e da Casa Civil, Edson Aparecido. A reunião foi feita a pedido dos oposicionistas, que foram solicitar garantias de segurança para os manifestantes.

“O PT usou a tática do medo para aterrorizar as pessoas e fazê-las ficarem em casa”, afirmou Mendonça Filho.

Segundo Paulinho da Força, o PT adotou uma “tentativa desesperada” de criar pânico na população. O deputado se irritou com os jornalistas ao ser questionado se o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é seu aliado, também será alvo dos protestos. “Vocês (repórteres) são defensores do PT”, declarou.

O secretário Alexandre de Moraes reiterou que a estimativa é de que a manifestação de domingo supere 1 milhão de pessoas, público registrado no dia 15 de março de 2015, segundo dados da Polícia Militar. “Chegamos a essa estimativa com base em programas de computador nas redes sociais. A margem de erro é pequena”, disse. Segundo o secretário, todos os locais que oferecem risco de vandalismo foram “georreferenciados” e pessoas com sacolas ou grupos “ostensivos” nas estações de metrô serão revistados.