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Alckmin sanciona lei que endurece punição para crimes em escolas

Escola em São Paulo. Foto: Divulgação

Entrou em vigor uma nova lei que aumenta significativamente as penas para crimes cometidos no ambiente escolar. Sancionada pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin, nesta semana, a legislação é uma resposta direta à escalada de episódios violentos registrados em instituições de ensino nos últimos anos. A medida endurece penas para delitos como homicídio, lesão corporal, ameaça, constrangimento ilegal e danos ao patrimônio público dentro de escolas públicas ou privadas.

A nova legislação prevê agravantes automáticos quando os crimes forem praticados no interior ou nas imediações das instituições de ensino, tanto contra alunos quanto contra profissionais da educação. Além disso, a norma abrange também a instigação de atos violentos, inclusive por meio de redes sociais, incluindo o compartilhamento de conteúdo que incentive massacres escolares, prática que vinha sendo recorrente em fóruns clandestinos.

Um dos pontos mais destacados do texto é o foco na prevenção: a lei também prevê que as redes públicas desenvolvam protocolos específicos de segurança e campanhas educativas. Secretarias estaduais e municipais de educação poderão firmar convênios com forças de segurança e o Ministério da Justiça para capacitação de equipes escolares e implantação de programas de monitoramento.

O governo federal defendeu a sanção como parte de uma estratégia nacional para garantir a integridade física e psicológica de estudantes e professores. A medida foi bem recebida por entidades educacionais, que há tempos reivindicam ações mais firmes diante do aumento de episódios de violência escolar. “É um passo importante, mas a solução definitiva depende de políticas sociais integradas”, afirmou o presidente do Conselho Nacional de Educação.