Alckmin vira fiador de Lula na crise das tarifas com Trump

A reação do governo brasileiro ao tarifaço de Trump colocou Geraldo Alckmin no centro das negociações. O vice-presidente assumiu a linha de frente ao dialogar com empresários, embaixadas e lideranças políticas sobre os impactos econômicos da medida. A movimentação reforça o papel de Alckmin como ponte entre o Planalto e setores tradicionais da economia.
A fala pública de Alckmin, reconhecendo que o corte parcial das tarifas foi bem-vindo, marcou o tom técnico que o governo tenta adotar. O vice buscou equilibrar a crítica à sobretaxa ainda aplicada ao Brasil com uma sinalização de diálogo ao governo americano. Essa estratégia tenta diminuir o desgaste político de uma pressão comercial inesperada.
Dentro do governo, Alckmin ganhou peso por demonstrar habilidade para lidar com temas sensíveis sem elevar tensões diplomáticas. A leitura é de que sua posição fortalece a imagem de estabilidade num momento em que o país enfrenta choques externos. O Planalto avalia que a fala do vice ajudou a conter ruídos.
Para o empresariado, a presença de Alckmin nas conversas traz segurança adicional. Representantes da indústria e do agronegócio avaliam que sua interlocução evita que o tarifaço se transforme numa guerra pública entre governos. O foco agora é buscar alternativas bilaterais.
