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Aldo Rebelo: “a Justiça sabe que o sítio não é do Lula e que não tem como provar”

A jornalista Grasielle Castro do HuffPost Brasil entrevistou Aldo Rebelo, presidenciável do Solidariedade.

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HuffPost Brasil: Em 6 meses, o senhor, que tinha uma trajetória de estabilidade no PCdoB, passou por 3 partidos, por quê?

Aldo Rebelo: Entrei no PCdoB numa época muito distinta da de hoje. A agenda do País e das pessoas era outra. Nós estávamos voltados mais para aquilo que unia. E hoje nós vivemos uma agenda de fragmentação. As agendas identitárias, as agendas politicamente corretas são agendas fragmentadas e eu fui perdendo a identidade com essa agenda. Minha agenda sempre foi uma agenda mais geral, da união. Saí do PCdoB, mas saí em paz com todos eles. E tenho uma relação até de cooperação. Quando posso ajudo o partido.

E fui para o PSB, mas senti que havia ou que começou a haver uma inclinação para a candidatura do ex-ministro Joaquim Barbosa, cuja agenda para mim era desconhecida, mas eu sabia que era uma agenda de negação da política. Ele sempre teve uma posição muito distante e de manifesta desconfiança da política. Ao sentir essa inclinação preferi procurar o meu caminho. Não teria ficado para fazer um enfrentamento ou travar uma batalha quando o partido tem todo direito de ter as suas inclinações e preferências.

Quem me fez um convite para disputar uma eleição presidencial com a plataforma voltada para retomada do crescimento, do desenvolvimento, de redução das desigualdades e de consolidação da democracia foi o Solidariedade. Temos uma relação muito próxima por conta da agenda trabalhista, sindical. Quando lancei o manifesto pela união nacional ano passado quase todos os dirigentes do Solidariedade e da Força Sindical assinaram o manifesto. Isso facilitou, e eu fiz a minha filiação.

E foi chamado pelo Paulinho da Força de um “comunista quase capitalista”. Como foi isso?

Sempre fui um defensor do desenvolvimento do Brasil e desenvolvimento em um país capitalista é essencialmente desenvolvimento capitalista. O que nós queremos é que esse capitalismo tenha espaço para os direitos dos trabalhadores, que pague os tributos para gerar serviços públicos necessários, como educação, saúde, transporte, defesa. Creio que a expressão é mais para buscar a minha forma de fazer política colocando o interesse nacional em primeiro lugar.

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HuffPost Brasil: Em 6 meses, o senhor, que tinha uma trajetória de estabilidade no PCdoB, passou por 3 partidos, por quê?

Aldo Rebelo: Entrei no PCdoB numa época muito distinta da de hoje. A agenda do País e das pessoas era outra. Nós estávamos voltados mais para aquilo que unia. E hoje nós vivemos uma agenda de fragmentação. As agendas identitárias, as agendas politicamente corretas são agendas fragmentadas e eu fui perdendo a identidade com essa agenda. Minha agenda sempre foi uma agenda mais geral, da união. Saí do PCdoB, mas saí em paz com todos eles. E tenho uma relação até de cooperação. Quando posso ajudo o partido.

E fui para o PSB, mas senti que havia ou que começou a haver uma inclinação para a candidatura do ex-ministro Joaquim Barbosa, cuja agenda para mim era desconhecida, mas eu sabia que era uma agenda de negação da política. Ele sempre teve uma posição muito distante e de manifesta desconfiança da política. Ao sentir essa inclinação preferi procurar o meu caminho. Não teria ficado para fazer um enfrentamento ou travar uma batalha quando o partido tem todo direito de ter as suas inclinações e preferências.

Quem me fez um convite para disputar uma eleição presidencial com a plataforma voltada para retomada do crescimento, do desenvolvimento, de redução das desigualdades e de consolidação da democracia foi o Solidariedade. Temos uma relação muito próxima por conta da agenda trabalhista, sindical. Quando lancei o manifesto pela união nacional ano passado quase todos os dirigentes do Solidariedade e da Força Sindical assinaram o manifesto. Isso facilitou, e eu fiz a minha filiação.

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O que levou o país a tamanha intolerância?

Creio que é a desorientação, é um ideia errada de que esse país é o país da impunidade. Esse país nunca foi o da impunidade. Ele pode ter sido em muitos momentos o país da injustiça. Se nós examinarmos a História do Brasil, quando os índios eram amarrados nas bocas dos canhões para serem punidos por algum delito ou quando Zumbi foi morto… você pode chamar isso de tudo, menos de justiça. Isso não foi justiça, foi vingança. E assim nós tivemos vários episódios na história. Quando nós reforçamos a ideia de que é preciso haver tolerância e democracia é para que momentos de selvageria e de intolerância não sejam revividos na história do Brasil.

Justiça e vingança são coisas completamente diferente. Punição e justiça são coisas completamente diferentes. No Brasil houve muita punição. E houve pouca Justiça. O Judiciário no Brasil sempre foi protagonista de erros graves. E teve uma relação muito tensa com a política em determinados momentos – tanto que Marechal Floriano Peixoto quando sentiu que o Supremo era um reduto monarquista e que sem uma intervenção no Supremo ele não proclamaria a República, ele chegou a nomear um engenheiro para o Supremo porque os conspiradores monárquicos eram todos liderados pelo Supremo.

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A Justiça errou no caso do Lula?

Há 20 ou 30 anos que eu sei porque todas as pessoas que tinham algum tipo de relação política, embora eu não tenha sido do PT e nunca fui na casa do Lula, todo mundo sabe que o sítio não é do Lula. Todo mundo sabe que o sítio não é do Lula. A Justiça sabe que o sítio não é do Lula e que não tem como provar, tanto é que dizem que vão condenar por lavagem de dinheiro. E que o apartamento também não é do Lula. Eu não sou jurista, não sou advogado, mas o que eu sei é que o sítio não é do Lula e, se eu sei, como é que a Justiça não sabe? Como é que o Ministério Público não sabe? Mas acho que, pelo que representou para o País independentemente de erros ou crimes que tenha cometido, o Lula foi alvo de um processo que desde o começo foi politizado. Você tem um juiz que vive como celebridade, que vive nos Estados Unidos, que vive em convescotes de empresas, rádio e TV, é uma coisa muito diferente daquilo que se espera, da descrição, do pudor de quem tem atribuição de julgar.

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