Além de Mourão, Arthur Lira já mudou a raça na declaração do TSE
Foto: Pablo Valadares
O vice-presidente Hamilton Mourão não foi o único a ter dúvida na hora de declarar sua cor/raça para o TSE. (Tribunal Superior Eleitoal). O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também alterou de “branco” em 2014 para “pardo” nas eleições de 2018. Já nas disputas eleitorais de 2006 e 2010, quando concorreu à Câmara, Lira não informou sua raça.
A assessoria do parlamentar afirmou que ele não se manifestaria sobre o caso. Segundo pessoas próximas, ele fez a mudança na declaração por conta de sua mãe se declarar como negra.
Já Mourão afirmou nesta quinta-feira (11) que teria sido um “simples erro de preenchimento de formulário” sua autodeclaração como branco ao TSE para disputar o Senado pelo Rio Grande do Sul (RS), e que na verdade ele havia se declarado como indígena.
“Sou descendente de índios sim, e com muito orgulho. Está estampado no meu rosto e na minha pele, independentemente de qualquer formulário burocrático. Resolveram fazer um escarcéu com um simples erro de preenchimento de um formulário”, declarou o gerenal.
Em outra ocasião, ele se auto intitulou “cacique Mourão” e contou que seu pai era amazonense e sua avó “era cabocla de Humaitá”.
“Eu sou pardo? Eu sou negro? Eu sou asiático? Eram as opções que eu tinha, e a quinta opção era indígena”, disse ele quando ainda era candidato pela chama do presidente Jair Bolsonaro (PL). Porém, dias antes ele disse que o Brasil herdou a “indolência” dos indígenas e a “malandragem” dos africanos e negou que a declaração tinha sido preconceituosa.