Alemanha anuncia novo lockdown parcial contra segunda onda da pandemia

A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, e os governadores dos 16 estados decidiram nesta quarta-feira (28/10) endurecer as medidas restritivas na tentativa de conter o avanço da covid-19, no mesmo dia em que o país bateu um novo recorde de casos diários da doença.
Em reunião por videoconferência, a chefe de governo e os líderes estaduais acertaram um lockdown parcial de emergência de um mês de duração, que inclui o fechamento de restaurantes, bares, academias, teatros, cinemas e piscinas a partir da próxima segunda-feira, 2 de novembro.
“Precisamos agir agora”, afirmou Merkel ao anunciar as medidas, acrescentando que a chave para amenizar a situação “muito séria” que o país enfrenta é a redução de contatos, ao mesmo tempo em que se limitam os danos à economia.
A partir da semana que vem, reuniões privadas serão limitadas a dez pessoas de no máximo duas residências diferentes. Shows e eventos semelhantes terão que ser cancelados. Já eventos esportivos profissionais serão permitidos apenas sem espectadores.
O governo ainda recomenda à população que não realize viagens particulares e não essenciais, enquanto estadias em hotéis serão permitidas apenas para viagens de negócios indispensáveis.
Escolas e creches, por sua vez, poderão continuar funcionando, assim como as lojas, desde que cumpram as regras de distanciamento social e higiene.
Os líderes acertaram ainda um novo pacote de ajuda de 10 bilhões de euros (cerca de R$ 67 bilhões), destinado a auxiliar empresas que estão sendo forçadas a fechar suas portas. Pequenas e médias empresas deverão receber 75% do valor de suas vendas perdidas em novembro por conta do fechamento, e grandes empresas terão direito a 70%.
Merkel reconheceu que as medidas são “rígidas” e “duras”, mas alertou que, considerando o atual ritmo de contaminações na Alemanha, o sistema de saúde pode “atingir o limite de sua capacidade dentro de semanas”.
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