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Alga tóxica e fedorenta chega ao Brasil e preocupa turismo e pesca; entenda

Prefeitura realiza operação para remover sargaço das praias de Cancun. Foto: Divulgação

O avanço do sargaço, uma espécie de alga marinha, tem impactado diretamente destinos turísticos do Caribe e começa a ser registrado com mais frequência no Brasil. Hóspedes do resort Moon Palace, em Cancún, perceberam a presença dessas algas já em 2015, quando a areia passou a apresentar coloração marrom e odor desagradável.

Embora medidas como barreiras no mar, barcos de coleta e monitoramento diário tenham reduzido os impactos no resort mexicano, a situação se intensificou na última década em toda a região do Caribe. Em alguns dias, o Moon Palace chega a retirar até 200 m³ de sargaço do mar, o equivalente a dez caminhões de lixo.

Pesquisadores explicam que as mudanças climáticas e o acúmulo de nutrientes no oceano impulsionam a proliferação dessas algas. No Brasil, a presença do sargaço já foi observada em locais como Salinópolis (PA), Maranhão, Piauí e até em Fernando de Noronha. Para a região amazônica, o impacto principal não está no turismo, mas na pesca artesanal.