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Alheio aos crimes da Lava Jato, Fachin critica “frente ampla” contra Moro e cia.

Da Veja:

Edson Fachin. Foto: Evaristo Sa – 14.abr.2016/AFP

Relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin tornou-se nas últimas semanas um dos mais magistrados mais vocais da Corte.

Responsável pelos inquéritos e ações penais da maior operação de combate à corrupção da história do país, ele se insurgiu contra declarações do ex-comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, que em 2018 fez pressão contra o tribunal às vésperas do julgamento de um habeas corpus que poderia deixar o ex-presidente Lula em liberdade, e foi, no início do mês, o único voto contrário ao direito de o petista ter acesso a mensagens de procuradores da Lava-Jato e do ex-juiz Sergio Moro.

(…) “O momento é de resiliência e resistência. O combate à corrupção e aos delitos penais econômicos não pode parar ou ceder quando aproximado dos porões onde se encontram escondidos sujeitos que, nas palavras do Secretário-geral da ONU, António Guterres, ameaçam o bem-estar de nossa sociedade, o futuro de nossos filhos e a saúde do nosso planeta”, disse o ministro a VEJA. “A corrupção priva as pessoas de prestações em favor de suas básicas necessidades, uma vez que os recursos a elas destinados são desviados”.

(…) “O contexto é preocupante: forma-se uma frente ampla contra a democracia e a favor da não apuração nem punição a quem se imputa, no devido processo, a prática de delitos como corrupção, lavagem de direito e organização criminosa”

(…)