Aliados fazem pressão por participação de Michelle em campanha de Bolsonaro

Foto: Reprodução/JC
A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, tem sido pressionada a se engajar na campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro. A participação dela, contudo, é considerada incerta, apesar de aliados ainda terem a expectativa de que, diante da dificuldade na corrida eleitoral, Michelle aceite ter uma agenda focada no eleitorado feminino, sobretudo no Nordeste. Ela também é vista como um trunfo junto aos evangélicos.
O pastor Silas Malafaia, um dos principais aliados do presidente, aconselhou Bolsonaro a explorar a imagem da mulher em encontros com fiéis. O pastor afirmou que a primeira-dama tem mais apelo junto ao grupo: “Como Michelle é evangélica, ela tem a linguagem evangélica, algo que Bolsonaro não tem. Por mais que Bolsonaro ande em igrejas, ele não é evangélico, e todos nós sabemos disso.”
A expectativa do núcleo político do presidente é de que a primeira-dama possa rever o posicionamento com o início oficial da campanha e tope participar das propagandas na televisão. A avaliação dos estrategistas de Bolsonaro é que Michelle suaviza a imagem do marido e seria um ganho vê-la defender as ações do governo na disputa eleitoral.
Entre as possibilidades de agenda da primeira-dama, em uma ação ainda sob avaliação, está um giro pelo país acompanhada da ex-ministra Damares Alves, incluindo a participação em marchas evangélicas. Damares é uma das pessoas mais próximas de Michelle e a ex-ministra chegou a ser convocada para tentar convencer Michelle a gravar inserções de televisão em favor da campanha. A primeira-dama, porém, não atendeu aos apelos.
Desde a posse do presidente, quando discursou usando a Língua Brasileira de Sinais, Michelle elegeu a causa como sua principal bandeira. Apesar disso, desde o início do mandato evitou dar declarações à imprensa e manteve certa discrição.