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Alzheimer: tratamento inédito começa a ser aplicado no Brasil; veja valores

Imagem ilustrativa representando a Alzheimer

O medicamento donanemabe, da farmacêutica Eli Lilly, já está disponível no Brasil para pacientes com Alzheimer em estágio inicial. Aprovado pela Anvisa em abril, o remédio é aplicado por infusão intravenosa e tem como objetivo retardar a progressão da doença. O tratamento, porém, só está acessível na rede privada e exige diagnóstico precoce com biomarcadores específicos.

O protocolo prevê duas ampolas mensais nos três primeiros meses, com custo entre R$ 5 mil e R$ 6 mil cada. A partir do quarto mês, a dosagem sobe para quatro ampolas mensais até o 18º mês, elevando o gasto mensal para R$ 20 mil a R$ 24 mil. Redes como Alta Diagnósticos, no Rio e em São Paulo, já anunciaram a aplicação do medicamento, cobrando a partir de R$ 8 mil por frasco, incluindo estrutura e equipe médica.

Segundo especialistas, o donanemabe atua na remoção das placas de proteína amiloide, um dos principais marcadores do Alzheimer. Estudos clínicos indicam que ele pode reduzir em até 35% o declínio cognitivo em pacientes nas fases iniciais, oferecendo mais tempo de autonomia e qualidade de vida. No entanto, o tratamento apresenta riscos como edemas cerebrais e micro-hemorragias, exigindo acompanhamento rigoroso e exames regulares.

Apesar do avanço, o alto custo e a infraestrutura necessária tornam o acesso restrito a poucos centros especializados em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte. No SUS, ainda não há previsão de incorporação. Atualmente, a rede pública oferece apenas medicamentos sintomáticos, como donepezila, rivastigmina, galantamina e memantina.