Ameaças levam vereadora do Psol do Rio a receber proteção oficial

A vereadora Thais Ferreira (Psol) passou a receber escolta da Câmara Municipal do Rio de Janeiro após ameaças de morte feitas desde suas críticas à operação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha em 28 de outubro, quando 121 pessoas morreram, incluindo quatro policiais. A parlamentar registrou ocorrência em 30 de outubro e enviou ofício à Mesa Diretora em 5 de novembro relatando ataques virtuais com conteúdo racista, misógino e ameaças diretas.
As mensagens incluem textos afirmando que ela deveria “ser morta”, que seria “a próxima vítima” e outras publicações com xingamentos relacionados à cor e à aparência. Também há comentários dizendo que “defensor de traficante é vala” e desejando que ela “vá junto para o inferno”. A Câmara informou que adotou medidas emergenciais para proteger a vereadora, incluindo a oferta de escolta por um servidor e a divulgação de posicionamento público.
A Mesa Diretora solicitou ao governo do estado reforço de segurança e pediu à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática e à Polícia Civil celeridade na investigação. A escolta será feita por um segurança da Casa durante compromissos oficiais. O gabinete tenta incluir familiares na proteção por considerar que as ameaças continuam e atingem pessoas próximas.
