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Pandora Papers: na América Latina, três presidentes e 11 ex operaram em paraíso fiscais

América Latina
Líderes da América Latina envolvidos em escândalo

Pandora Papers revelou que três presidentes e 11 ex-líderes de nações da América Latina possuem contas em paraísos fiscais. Há também 90 políticos de alto escalão, congregações religiosas e artistas de fama mundial, bilionários. O ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central fazem parte da lista.

O que chama a atenção, segundo o El País, que é todos são de direita ou extrema-direita. Essa é uma das revelações do conjunto de reportagens da Pandora Papers. Dos 35 presidentes ou ex-presidentes mencionados, 14 fazem parte da América Latina.

O chileno Sebastián Piñera, o equatoriano Guillermo Lasso e o dominicano Luis Abinader são os presidentes atuais. Os colombianos César Gaviria e Andrés Pastrana, o peruano Pedro Pablo Kuczynski; o paraguaio Horacio Cartes e os panamenhos Juan Carlos Varela e Ricardo Martinelli fazem parte do grupo de ex-presidentes.

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Paulo Guedes faz parte da lista de representantes da América Latina

Em 24 de setembro de 2014, com o mercado financeiro cada vez mais agitado diante da iminência da reeleição de Dilma Rousseff (PT), o Banco Central interveio para conter a alta do dólar.

No dia seguinte, o economista Paulo Guedes, então sócio da Bozano Investimentos, uma gestora de recursos, tomou uma providência para manter parte da sua fortuna longe das turbulências da economia brasileira: fundou a Dreadnoughts International, uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal no Caribe.

Nos meses seguintes, ele aportaria US$ 9,54 milhões — o equivalente, hoje, a mais de R$ 50 milhões — na conta da offshore, numa agência do banco Crédit Suisse, em Nova York.