Amoêdo admite ter votado em Bolsonaro sem saber de sua capacidade, apenas pelo antipetismo

Reportagem de Joelmir Tavares na Folha de S.Paulo informa que pouco depois de encerrar sua campanha presidencial (finalizada com uma votação que lhe garantiu o quinto lugar no primeiro turno, com 2,50% dos votos válidos), João Amoêdo voltou à estrada. O presidente do Novo tem andado pelo Brasil para divulgar o partido liberal que ajudou a fundar. No horizonte, a busca por cadeiras de prefeito e vereador em 2020. Depois de receber a Folha para esta entrevista, na quarta-feira (22), o ex-banqueiro que virou político —e declarou na campanha um patrimônio de R$ 425 milhões— tinha um encontro na zona leste de São Paulo para apresentar as ideias da sigla e tentar atrair novos filiados. Tem feito o mesmo em cidades do interior e em capitais do Nordeste.
De acordo com a publicação, eleitor de Jair Bolsonaro (PSL), que incorporou na campanha a ideologia liberal do ministro Paulo Guedes (Economia), Amoêdo critica o governo pelo excesso de polêmicas e diz que os ruídos comprometem a medida mais urgente para o Brasil avançar, a reforma da Previdência. Ele acredita que Bolsonaro poderia se inspirar no que Romeu Zema, o primeiro governador eleito do Novo, faz em Minas Gerais desde janeiro. Considerada vitrine para a legenda, a gestão do empresário aposta, segundo Amoêdo, na mesma receita que o presidente deveria seguir: boa relação com o Legislativo e definição de prioridades.
Sobre crises, como o uso de um helicóptero do estado pelo vice-governador Paulo Brant (Novo) ao sair de um spa de luxo, o presidente do partido diz que a sigla está em processo de aprendizado, que pode até errar, mas está “fazendo muitas coisas certas”, completa a Folha.